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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Será que filho de peixe peixinho é?

Vou postar aqui minha opinião sobre o livro do escritor americano Joe Hill A Estrada da Noite. Confesso que o gênero terror como produto de entretenimento me fascina mais no formato de filme do que de livro. Embora quando eu estou realmente interessado num livro eu o compre sem me importar com o seu preço, o que me atraiu em A Estrada da Noite foi o seu preço de liquidação (R$10,00) promovido por um site na internet.

 Como produto destinado ao consumo das massas, a história tenta segurar o leitor já nas cinco primeiras páginas onde o personagem principal, o roqueiro Judas Coyne, que coleciona objetos sinistros, decide comprar num leilão virtual um paletó supostamente assombrado pelo seu antigo dono. De posse da indumentária assombrada, Judas logo descobre no corredor de sua mansão o fantasma do paletó que não espreita-o a princípio mas está ali, numa cena tão bem escrita que chega a causar arrepio no leitor, principalmente se ele estiver sozinho em casa à noite no momento da leitura. Eu experimentei isso. Até cairmos na tal da estrada, passamos pela paranóia angustiante de Coyne e de sua namorada gótica e conseguimos ter as pistas do motivo do fantasma ir para ele, culminando num final que chega a ser previsível. O grande trunfo da história fica mesmo com os cães do roqueiro que, numa versão espectral, salvam-no em várias situações.
Filho do consagrado escritor de livros de terror Stephen King, Joe Hill tem a assinatura do estilo do pai neste livro com cenas ricas nos detalhes mas que parece terem mais a função de prolongar a história. Se A Estrada da Noite for transformada num filme sério de terror, ela pode conseguir ser melhor do que o livro que, pelo preço que tem sido vendido, vale a pena adquiri-lo.

Hitler zumbi?

Entre 1944 e 1945, já próximo ao fim da Segunda Guerra Mundial quando os aliados faziam plenas incursões no território da Alemanha, os americanos deflagraram uma operação de anti propaganda nazista que visava atingir os cidadãos alemães através de seu próprio serviço postal. A agência de inteligência americana, então com o nome de Office of Strategic Services (OSS), passou a arremessar de aviões pacotes que tinham correspondências falsas porém, com destinatários e endereços verdadeiros próximos a trens postais atacados. A ideia era que quando fosse feita a coleta das correspondências verdadeiras espalhadas no ataque, as "cartas falsas" dos aliados seriam inadivertidamente recolhidas juntas e enviadas para diversas pessoas. Os pacotes incluiam a versão em alemão do jornal aliado Das Neue Deutschland (A Nova Alemanha) com selos da efígie de Hitler mas com algumas modificações em relação a um selo original em uso: a frase "Deutsches Reich" (Império Alemão) aparecia trocada por "Futsches Reich" (Império em Ruínas) e o rosto de Hitler alternava carne com ossos.
Muitas das correspondências falsas foram descobertas pelas autoridades policiais alemãs e destrídas mas, muitas outras chegaram a seus destinatários que passaram a ter uma visão real da situação da guerra em seu país naquele momento. Alguns dos selos de "Hitler Zumbi" encontram-se à venda atualmente em sites de filatelia, embora não sejam considerados de uma emissão oficial.