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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Óh céus!

Belo Horizonte e São Paulo terão novos e grandiosos templos cristãos

Uma das características marcantes da Idade Média na Europa foi a disputa que muitas cidades e vilas realizavam para ver quem construiria a igreja ou monastério mais suntuoso. Independente do viés que a fé sofreu com a Reforma Protestante, que dividiu a igreja de Roma, tais templos chegaram à contemporaneidade com sua arquitetura e acervos tombados como símbolos de uma época e cultura, além da fé, razão pela qual teriam sido construídos.
Nem sempre era a população que tinha mais fé a que construía o maior templo já que este é um mundo material e para se construir era preciso se ter os recursos. Normalmente as cidades que cresceram com o comércio ou manufaturas e tiveram uma classe burguesa na condução de seu desenvolvimento, realizaram as maiores obras arquitetônicas de cunho religioso que hoje, independente da religião que cada um tem - ou na falta de uma -, são admiradas por quem as visita.
                          Perspectiva artística da fachada do Templo de Salomão em São Paulo: obra grandiosa.
No Brasil do começo do século XXI, pautado na estabilidade política e econômica e com perspectivas de crescimento contínuo pelas próximas duas décadas pelo menos, tem ganhado notoriedade o ressurgimento de grandes construções para uso religioso. A cidade de São Paulo saiu na frente com a recriação do Templo de Salomão que será usado para cultos evangélicos, uma obra grande e bonita que, inevitavelmente, se converterá num novo cartão postal da capital paulista. Já a Arquidiocese de Belo Horizonte apresentou o projeto da Catedral Cristo Rei, desenhada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e que também se converterá num marco para a cidade. Tanto o templo paulistano quanto o templo mineiro custarão algumas centenas de milhões de reais, capitalizados com dízimos e doações dos fiéis.

                                          Nova catedral católica de Belo Horizonte, MG: projeto de Oscar Niemeyer.