No outono de 1968, o estudante de zoologia da Universidade de Minnesota, Terry Cullen, comentou com Ivan Sanderson uma história extraordinária: o corpo de um Pé Grande que parecia ser autêntico, era exibido pelo país como espetáculo numa feira de variedades.
Sanderson, biólogo interessado em animais desconhecidos, ficou intrigado assim como o cientista belga Bernard Heuvelmans que era conhecido como o "pai da criptozoologia".
Sem pensar muito, os dois foram para a pequena cidade de Rollingstone, Minnesota, onde conheceram Frank Hansen, em cuja fazenda o corpo repousava nos meses de inverno, congelado num bloco de gelo e fechado num caixão refrigerado, aguardando uma nova temporada de feiras. Hansen levou-os a um pequeno trailer onde ficava guardado o tal Homem do Gelo. Sanderson e Heuvelmans passaram os dois dias seguintes estudando, fazendo desenhos e fotografando o ser. Heuvelmans assim descreveu a criatura:
"O espécime à primeira vista parece um homem, ou, se quiserem, um ser humano do sexo masculino, de altura (1,80m) e proporções normais, exceto por ser extremamente peludo. É todo coberto de pelos marrons escuros, com comprimento de 7,5 a 10 cm. A pele parece cera, semelhante em cor aos cadáveres de, homens brancos não bronzeados pelo sol".
A criatura parecia ter sido alvejada no olho direito . O impacto aparentemente tirara o olho da órbita e dilacerara a nuca.
Sanderson e Heuvelmans se convenceram de que a figura era mesmo um corpo e não um boneco. Chegaram mesmo a examir odores que saiam daquele corpo em lenta decomposição.
Hansen disse que a criatura fora encontrada flutuando num bloco de gelo no mar de Okhotsk por caçadores russos. Com o passar do tempo, ela apareceu em Hong Kong onde foi comprada por um americano. O comprador alugou-a a Hansen, que começou a viajar com ela pelos Estados Unidos em 1967.
Heuvelmans publicou um ensaio na edição de fevereiro de 1969 do Bulletin of the Royal Institute of Natural Sciences of Belgium, no qual dá ao Homem de Gelo o nome científico de Homo pongoides. Por outro lado, Sanderson também endossava o Homem de Gelo em artigos publicados no periódico científico Genus e na revista popular Argosy, onde escreveu: " Desafio quem quer que seja a enganar Bernard Heuvelmans. É impossível fabricar um cadáver como esse".
No início de fevereiro de 1969, Sanderson contatou um amigo, John Napier, curador das coleções de primatas do Intituto Smithsonian, para tentar estimular a participação do Instituto na investigação, e entregou-lhe seu relatório e seus diagramas.
Napier escreveria depois suas impressões sobre a criatura: "Minha primeira reação, baseada na anatomia da criatura, foi de extrema dúvida. Diante dela, o Homem de Gelo é um tipo maluco de híbrido que combina os piores traços dos macacos com nenhum traço dentre os melhores que fazem desses dois grupos primatas de muito êxito em seus respectivos meios". Em termos zoológicos, o Homem de Gelo não fazia muito sentido.
O Instituto Smithsonian tentou apreender o espécime de Hansen, que disse não poder entregá-lo porque seu dono anônimo o tinha levado embora e que, quando voltasse a temporada de feiras, ele traria um boneco semelhante para exibição. O Smithsonian investigou mais a fundo e concluiu que a figura e sua história, era uma fraude.
Os anos passavam, e Hansen continuava a escursionar pelos Estados Unidos com seu Homem de Gelo sem confirmar ou negar sua autenticidade. Porém, no material promocional, citava a opinião de cientistas (Sanderson e Heuvelmans) que o tinham declarado artigo genuíno.
O MISTÉRIO, O MITO E O BONECO
Em agosto de 1981, Eugene Emery, repórter de ciências de um jornal Providence, Rhode Island, escreveu um artigo sobre a feira, que estava em cartaz num centro comercial da cidade. Logo depois de publicada a matéria, Emery soube da existência de Howard Ball que fazia bonecos para a Disneylândia, e cuja especialidade eram animais pré-históricos. "Ele fez o Homem de Gelo em seu estúdio na Califórnia", disse à Emery a esposa de Ball, Helen. "O homem que o encomendou disse que iria enterrá-lo em gelo e passá-lo para frente como sendo um homem pré-histórico". Para a imprensa, o Homem de Gelo de Minnesota, era mesmo uma fraude que ganhou notoriedade e a verdade estava agora sendo revelada.
A família Ball achou muita graça ao ver o artigo de Sanderson na edição de maio de 1969 da Argosy e reconheceu sua criação nas fotografias da revista. Mas, Heuvelmans continuou acreditando que a criatura que ele analisou era verdadeira e não um boneco.
(Bernad Heuvelmans)
Se houve realmente um verdadeiro Homem de Gelo, tudo foi feito para que ninguém acreditasse nele. Nessa história toda, o cunho plausível de veracidade, é mesmo a análise Heuvelmans.





Existem mais mistérios entre o céu e a Terra do q imagina nossa vã filosofia,,,,,,,
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